Fantástico: Supercomputador da Petrobras tem 678 TB de memória RAM

O Supercomputador Pédaso tem como missão ajudar os geofísicos da empresa a encontrar a localização exata das reservas de petróleo

Para encontrar petróleo a quilômetros de distância do fundo do mar, é preciso concentrar toda a eficiência possível. A brasileira Petrobras, uma das maiores exploradoras e produtoras de petróleo e gás do planeta, convocou nada mais nada menos que Pégaso e, embora não seja exatamente o ser mitológico, o cavalo alado de Zeus, o Pégaso da petrolífera é também super inteligente: trata-se do supercomputador que recebeu o nome da criatura mitológica e tem como missão ajudar os geofísicos da empresa a encontrar a localização exata das reservas de petróleo, ou o melhor lugar para abrir poços exploratórios. O auxílio do Pégaso nessa missão é importantíssimo, pois perfurar o local errado pode acarretar gastos superiores a US$ 100 milhões para a gigante brasileira.

A potência do Pégaso equivale a 150 mil notebooks ou cerca de 6 milhões de telefones celulares atuando conjuntamente, pois a máquina conta com incríveis 678 TB de memória RAM, 2.016 GPUs e link de 400 Gb/s para conectividade. O supercomputador, em virtude da combinação de chips AMD Epyc 7513, possui também 233.856 núcleos. Todos esses números dão ao Pégaso capacidade de 21 petaflops (a título de esclarecimento, 1 petaflop corresponde a 1 quatrilhão de operações matemáticas realizadas a cada segundo), superando em muito o supercomputador Dragão, projetado pela Petrobras no ano passado, que conta com 14 petaflops.

Toda essa capacidade de processamento fez com que o supercomputador ocupasse o topo da lista TOP500, que mede a computação de alto desempenho. A alta capacidade do Pégaso resultará, por exemplo, em imagens sísmicas em excelente definição, o que ajudará a minimizar riscos, tanto operacionais quanto geológicos, bem como diminuirá o espaço de tempo entre o momento da localização de um campo e o início da produção deste. Além de maior precisão, Luiz Rodolpho Monnerat, consultor master da Petrobras há mais de três décadas, explica que imagens melhores proporcionam também mais economia, pois são necessários menos poços perfurados no campo a ser explorado, detalhe que ajuda a poupar milhões de dólares.

A grande capacidade e as vantagens trazidas pelo Pégaso, claro, não custaram barato pois, de acordo com a Petrobras, foram investidos cerca de 300 milhões de dólares no projeto. Contudo, Monnerat explica que projetos como o Pégaso são viáveis porque o retorno econômico supera o investimento, especialmente porque com o supercomputador Pégaso em funcionamento, a Petrobras alcançará 80 petaflops de capacidade, podendo executar em segundos operações que um notebook normal levaria semanas para conseguir fazer.

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