Média da velocidade da internet banda larga no Brasil não passa de 3 Mbps. País ficou no 89º lugar no ranking de taxa de download.
A desigualdade social no Brasil reflete em vários aspectos. Um deles é disponibilidade da internet banda larga pelo País, que varia consideravelmente nas diversas regiões.
Dados disponibilizados pelo site G1, da Globo, mostram detalhes desta diferença. Em 406 cidades do País a velocidade da banda larga disponibilizada é inferior à internet oferecida na Líbia, país de terceiro mundo em conflito. Já em 456 municípios a velocidade da web é similar a países como Japão, Suíça e Finlândia.
Os dados disponibilizados pelo site tiveram como referência os dados recentes divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Apesar de grande parte da população brasileira ter acesso a uma internet de qualidade, comparada a países referência, a média da velocidade da internet no País não passa de 3 Mbps. Com isso o país ocupa apenas o 89º lugar no ranking de taxa de download. Países como o Iraque, Sri Lanka e Kwait figuram à frente do Brasil. O primeiro lugar da pesquisa ficou com a Coreia do Sul, com uma velocidade média de 22,2 Mbps.
O mapa da banda larga brasileira mostra que os 406 municípios que obtiveram menor média, a velocidade de download gira em torno de 512 Kbps, uma velocidade ínfima se for levado em consideração as necessidades básicas e o tamanho dos arquivos disponibilizados para download na internet nos dias de hoje. Para ter uma noção, a Líbia é a lanterna do ranking mundial de velocidade de download com apenas 700 Kbps de velocidade média.
Jonas Silva, diretor de operações da Akamai, revelou ao site G1 que a discrepância é fruto da colonização brasileira, uma vez que as regiões costeiras, por terem maior população, foram mais desenvolvidas ao longo do tempo. Isso explica o motivo pelo qual as cidades do interior do país não têm a mesma banda larga dos outros municípios.
Os resultados da pesquisa revelam o que já não é novidade para ninguém, uma vez que a desigualdade e a discrepância sempre foram realidade no país e com a banda larga não seria diferente.
Por André César
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