Segundo pesquisa, o país está em oitavo lugar entre os países mais afetados com conteúdo inadequado para crianças
Quando falamos sobre a internet, consequentemente temos que considerar que ela é uma “terra sem dono”. Já faz muito tempo que apenas os adultos tinham acesso a ela. Hoje em dia, sendo uma rede livre como é, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer tipo de conteúdo. O único impedimento é apenas um clique. Idade e temas pesquisados já não importam mais. Em um relatório feito recentemente pela empresa especializada em segurança digital Kaspersky, alguns dados apontam para um lado obscuro dessa liberdade toda.
De acordo com a empresa, mais de 1,5 milhão de usuários se depararam com conteúdo inadequado para crianças ao menos uma vez em 2014. A análise foi feita usando um software de controle parental da companhia.
O pior do relatório é que o Brasil figura nele entre os dez primeiros. Mais precisamente na oitava colocação entre os países mais afetados.
Ainda segundo as informações do levantamento do número apontado anteriormente, uma faixa de 68,5% “deram de cara” com conteúdos que são classificados como perigosos. Ou seja, isso inclui diversas categorias, como conteúdo adulto – pornografia, acesso anônimo, álcool e narcóticos, violência e armas dentre diversos outros.
De acordo com a lista da Kaspersky, os países que apresentaram um maior número de casos registrados nesses aspectos foram os seguintes: Rússia, ocupando a liderança e sendo seguida pela Índia, China, EUA, Alemanha, Argélia, o Brasil,e fechando os dez primeiros colocados, o Reino Unido e a França.
Mas voltando aqui para o Brasil, as maiores ameaças encontradas ficam nas categorias de “conteúdo adulto” e “chats”. Esta última, atingindo cerca de 75,93% os usuários. Vale ressaltar que, no caso do Brasil, os números registrados são superiores à média mundial.
Conforme destaca Fabio Assolini, analista de segurança da Kaspersky, atualmente as crianças têm acesso à internet cada vez mais cedo. E acrescente-se a isso o fato de ser móvel e, na maior parte dos casos, oferece uma forma de comunicação barata.
A principal recomendação dos especialistas na área não são novas, porém nem sempre os pais dão a devida atenção. A instalação de programas de controle parental em aparelhos como samartphones e tablets que são usados por crianças é uma dessas dicas. E o melhor é que não há desculpa, já que atualmente o mercado oferece diversas soluções baratas e até mesmo gratuitas.
Por Denisson Soares
Foto: divulgação
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